Ontem foi dia de
música, de cor mas, sobretudo, de festa. A Aula Magna, a abarrotar, a cantar em
uníssono as letras dos Natiruts, banda de reggae brasileiro originária de
Brasília.
Mais uma vez, fui
sozinha. Desta vez, porque sabia que mais ninguém (próximo) aprecia ou até
conhece esta magnífica banda. Nem me passou pela cabeça convidar alguém.
E lá fui eu; fiquei
numa ponta da última fila das doutorais (caso me apetecesse dançar sozinha sem
dar a impressão de doida). Fiquei ladeada pelos dois casais mais dessintonizados
e envergonhados da sala. De um lado, notava-se claramente o ar entediado (!!!)
da rapariga, que tinha sido arrastada pelo namorado-mega-fã-da-banda. Do outro,
o contrário. Pensei para mim: “como é possível ficar imóvel com esta música?!?”
- é que nem abanavam as cabeças. Nada. E eu ali, no meio daqueles quatro, a
rezar pelo crescendo da animação geral do público.
Ao princípio, a plateia
não se manifestava muito, a não ser quando incentivada pelo vocalista (Alexandre
Carlo) ou algum membro da banda - a bater palmas, a dançar...
Mas depois, tudo mudou.
O público português, caloroso mas, como sempre, muito contido, libertou-se. E
foi lindo de se ver - TODA a gente a dançar, a cantar, a bater palmas,
acompanhando o ritmo das canções. Foi mágico.
…Um dos melhores
concertos da minha vida, seguramente. Sei que digo sempre isto, mas REALMENTE,
valeu a pena ir ontem participar da grande festa dos Natiruts.
E sinto-me muito
orgulhosa de mim mesma, pois não é qualquer pessoa que se coloca numa situação
destas. Sozinha, num concerto com música dançável. Sabia que a dada altura, apesar
de desacompanhada, iria dançar. Mas foi também essa a minha motivação. Dançar.
Abraçar o Mundo, sentir as boas vibrações. E ontem tudo isso aconteceu.
Fonte desconhecida |
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